Atualizado em: 25 de jul de 2016
Publicado em: 24 de jul de 2016

Mulher Maravilha completa 75 anos mais atual do que nunca

A primeira super-heroína das histórias em quadrinhos está completando, em 2016, 75 anos de existência. Como comemoração, a Warner e a DC...

A primeira super-heroína das histórias em quadrinhos está completando, em 2016, 75 anos de existência. Como comemoração, a Warner e a DC Entertainment lançaram um logotipo especial enquanto realizam as gravações do primeiro filme exclusivo da personagem, previsto para estrear em junho do ano que vem. O trailer do longa foi divulgado no dia 23 de julho, em San Diego, nos Estados Unidos. Nos próximos meses, também será lançada uma nova linha de brinquedos inspirada na amazona Diana, ícone do feminismo na década de 50.

As discussões mundiais sobre igualdade de gênero e empoderamento feminino, que vêm ganhando força nos últimos anos, foram as responsáveis por despertar o interesse das produtoras em lançar o filme, 75 anos depois da criação da personagem. “A conversa que está todo mundo incentivando nesse momento, sobre ter igualde de gênero mais forte na mídia, no governo, na educação – não há um tempo melhor para investirmos em um personagem como a Mulher Maravilha”, afirmou a presidente da DC, Diane Nelson.

A amazona será interpretada por Gal Gadot, que já recebeu críticas por não ter seios fartos o suficiente para viver a heroína. Críticas estas que a atriz respondeu com a certeza de que a objetificação do corpo feminino precisa ser coisa do passado.
“Interpretar a Mulher Maravilha é uma oportunidade única na vida. Não quero viver a donzela em perigo que precisa ser salva, nem gosto quando mulheres nos filmes são mostradas como vítimas. Eu sempre pensei que se pudesse escolher uma personagem, gostaria de mostrar o lado forte de uma mulher e como ela consegue lidar com situações difíceis. Sim, eu vou interpretar a mulher mais forte e poderosa de todos os tempos. Eu quero devorar isso e aproveitar cada mordida”.
Gadot já foi introduzida como a nova Mulher Maravilha em Batman vs Superman: A Origem da Justiça. As filmagens do longa exclusivo da heroína começam no fim de 2016.

O surgimento

A Mulher Maravilha é um insight do psicólogo Willian Multon. Em 1941, ele recebeu a encomenda de criar um personagem surpreendente do editor Max Gaines, que já estava incomodado com a mesmice à qual se resumiam as histórias em quadrinho de super-herói, na época.

O psicólogo, então, abraçou o desafio de maneira revolucionária, defendendo que o novo super-herói usasse como poderes o amor e a paz ao invés da violência e da guerra. Mas a grande contribuição para a descoberta da personagem veio da sua esposa, Elizabeth Marston, que sugeriu que esse super-herói fosse uma mulher. Sim, os queixos caíram.

O pioneirismo do psicólogo frente as questões feministas já não era novidade, já que ele acreditava que as mulheres deveriam ser tão livres e independentes quanto os homens. Não por acaso ele se casou com Elizabeth, que tinha três diplomas de nível superior. Longe das amarras da sociedade machista da década de 40, os dois mantiveram um relacionamento poliamoroso com Olive Byrne, que também teve papel importante no surgimento de a Mulher Maravilha. Os três dividiam o lar, as despesas e os cuidados com os seus filhos.

A personagem foi tema de livro da professora de História da Universidade Harvard, Jill Lepore, que lançou a obra The Secret History of Wonder Woman, em 2014. Para ela, a Mulher Maravilha foi concebida para “estabelecer entre crianças e jovens um padrão de feminilidade forte, livre e corajosa; para combater a ideia de que as mulheres são inferiores aos homens, e para inspirar as meninas a terem autoconfiança; para conquistas nas ocupações e profissões monopolizadas por homens porque a única esperança para a civilização é a maior liberdade, desenvolvimento e igualdade das mulheres em todos os campos da atividade humana.” A declaração foi dada à revista do Insituto Smithsonian , no mesmo ano.

Foto: Divulgação Warner

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